Santos defende pênalti, Brasil vence o México e disputará o bi olímpico.
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF
Brasil venceu o México por 4 a 1 nos pênaltis depois de empate sem gols no tempo normal e na prorrogação e se classificou hoje (3) para a final do futebol masculino nas Olimpíadas de Tóquio. O gol decisivo foi marcado por Reinier, em Kashima. Santos defendeu a cobrança de Eduardo Aguirre e viu a de Johan Vásquez bater na trave — Carlos Rodríguez foi o único que acertou pelos mexicanos. Daniel Alves, Gabriel Martinelli, Bruno Guimarães e Reinier marcaram pelo Brasil. É a terceira final seguida de Jogos Olímpicos do Brasil, que defende o ouro conquistado na Rio-2016.
final das Olimpíadas será no sábado (7), às 8h30, no Estádio Internacional de Yokohama, contra a Espanha. Já a disputa pela medalha de bronze entre México e Japão é no dia anterior, às 8h, em Saitama. Experiência à vontade Daniel Alves tenta jogada da seleção brasileira sob forte marcação do México em Kashima Imagem: Lucas Figueiredo/CBF Mais lateral do que meio-campista hoje, Daniel Alves foi o melhor do Brasil porque usou sua experiência para evitar lances de precipitação, como foi rotina com os atacantes, e organizar de trás o jogo da equipe. À vontade, o lateral-direito mostrou muita facilidade para o jogo de trocas de passe curtos e ainda teve uma das melhores chances de gol.ainda no primeiro tempo, em cobrança de falta defendida por Ochoa. Num jogo sem inspiração, foi ele uma das únicas fontes de desafogo. Na responsabilidade da cobrança do primeiro pênalti, colocou o Brasil em vantagem e comandou a festa.
Dupla de volantes sofre
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF
Diferentemente dos outros adversários do Brasil nas Olimpíadas — com a exceção da Alemanha —, o México tentou pressionar a defesa do Brasil e criou chances de gol desde o começo. A marcação encaixada de Luis Romo e Córdova (depois Ricardo Angulo) sobre Douglas Luiz e Bruno Guimarães fez a dupla de volantes sofrer para sair jogando e ainda ter que ocupar espaços defensivamente, o que forçou erros de passe e duelos pessoais perdidos. Com eles anulados e pressionados, tanto é que ambos tomaram cartão amarelo, o Brasil sofreu muito hoje.
Equilíbrio de chances e iniciativa
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF.
lesão de Matheus Cunha abriu espaço para Paulinho na escalação original da seleção brasileira. Para além dessa mudança de jogador, o time mudou um pouco a forma de jogar. Diferentemente do que aconteceu contra times mais defensivos nos jogos anteriores, Arana ficou mais retraído para dar conta dos contra-ataques em velocidade do México e o Brasil atacou com três ou quatro jogadores, a depender do posicionamento de Claudinho. O time teve mais posse de bola no primeiro tempo, mas a impressão foi que o jogo nunca esteve controlado. O Brasil teve boas chances com Arana depois de um lançamento de Bruno.
Guimarães com corta-luz de Claudinho, com Antony depois de passe de Daniel Alves na entrada da área e do próprio lateral numa batida de falta bem defendida por Ochoa. Também rolou pênalti marcado aos 27 minutos em Douglas Luiz e anulado após consulta ao VAR. O México reagiu depois de tomar pressão com duas chances depois dos 40: chute forte de Romo na área que Santos pegou e finalização de Antuna travada pela defesa depois de um erro de Claudinho na saída. Essa divisão de chances no primeiro tempo mostra o equilíbrio. Em vez de tentarem aumentar o ímpeto, os times voltaram do intervalo com movimentos defensivos mais claros e o jogo esfriou. Os treinadores fizeram alterações para mudar essa história, com Diego Lainez de um lado, Gabriel Martinelli e Reinier de outro. O Brasil teve uma boa chance aos 36 minutos da etapa complementar, com cruzamento de Daniel Alves na área e cabeceio de Richarlison na trave. Martinelli não pegou o rebote, mas a prova de força brasileira não evitou o 0 a 0 no tempo normal.
Imagem: Lucas Figueiredo/CBF
André Jardine lançou Malcom no intervalo entre o tempo normal e a prorrogação e Jaime Lozano chegou às seis substituições permitidas ainda no primeiro tempo do período extra, mas as equipes seguiram pouco inspiradas no ataque e fazendo o possível para não dar brechas para o contra-ataque. Uma chatice. O Brasil quis mais jogo no segundo tempo, procurou a linha de fundo com Guilherme Arana, mas não criou nada consistente ou que obrigasse Ochoa a trabalhar. Tampouco o México. A decisão era para ser nos pênaltis, mesmo.
Informações retiradas: Uol esporte
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