A polícia decidiu não indiciar o jogador Neymar por estupro e agressão. A delegada Juliana Lopes Bussacos, da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher no bairro de Santo Amaro, em São Paulo, concluiu na tarde desta segunda-feira (29) o inquérito que apurava a acusação feita pela modelo Najila de Souza Trindade.
A informação foi publicada pelo portal G1.
Juliana Bussacos ainda tinha alguns dias do prazo estendido de um mês que solicitara em 1º de julho. Mas decidiu encerrar o inquérito já nesta segunda.
Entenda o caso
Neymar foi acusado de estupro pela modelo Najila Trindade. Ela registrou boletim de ocorrência na sexta-feira (31 de junho),revelado pelo ESPN.com.br no sábado 1º de junho, na 6ª Delegacia de Polícia de Defesa da Mulher, em São Paulo.
Segundo o documento, ela alegou ter conhecido o jogador do Paris Saint-Germain e seleção brasileira nas redes sociais. E no dia 12 de maio, um assessor identificado como Gallo entrou em contato fornecendo passagens e hospedagem para ela viajar para Paris, na França. Ela afirmou ter embarcado no dia 14 e chego no dia 15.
A mulher também relatou que ficou no Hotel Sofitel Paris Arc Du Triumphe e recebeu o atleta de 27 anos por volta de 20h locais do dia 15. Segundo ela, o jogador chegou “aparentemente embriagado”.
“Começaram a conversar, trocaram carícias, porém, em determinado momento, Neymar se tornou agressivo e, mediante violência, praticou relação sexual", afirmou ela.
Tanto Neymar, por meio de vídeo em uma rede social – que o Instagram depois o tirou do ar - na qual expôs as conversas com a mulher, quanto seu pai, Neymar da Silva Santos, em duas entrevistas à TV Bandeirantes, uma por telefone e a outra participando ao vivo de um programa, negam que tenha havido estupro. Eles confirmam que houve relação sexual, mas que a mesma foi consensual.
Na quarta-feira 5 de junho, o caso teve mais desdobramentos. Em entrevista ao SBT, a modelo falou pela primeira vez. Ela admitiu ter viajado com intuito de fazer sexo com Neymar, mas reiterou que foi estuprada e agredida após dizer que não queria ter relações sem o uso de preservativo.
Depois, surgiu um novo vídeo que mostra Najilia agredindo Neymar com tapas. A defesa da modelo diz que ela atraiu o jogador para gravar esse vídeo e tentar ter provas do que ele já havia feito com ela anteriormente.
Neymar se apresentou na quinta-feira (6 de junho) à Polícia Civil do Rio de Janeiro para depor sobre crime virtual por ter divulgado imagens íntimas de Najila.
No mesmo dia, novos trechos da conversa entre o jogador e a modelo apareciam. Neles, Neymar diz que a 'modelo pedia' mais, enquanto Najila rebate e deixa claro a Neymar que não gostou do que havia acontecido entre os dois. Ela ainda manda um áudio ao jogador dizendo que ele deveria ser homem e assumir os erros.
Najila fez seu depoimento na sexta-feira, mas passou mal e teve que ser levada ao hospital. Ela disse à polícia que a íntegra do vídeo que tinha estava em tablet furtado e também detalhou como teria sido o estupro.
Na segunda (10), o advogado Danilo Garcia de Andrade se incomodou com o fato de o vídeo completo nunca ser divulgado e também com uma suposição da própria modelo de que ele estaria envolvido no furto do tablet. Assim, anunciou que não está mais defendendo Najila no caso.
Na quinta-feira (13), foi a vez de Neymar depois a polícia. Ele ficou cinco horas no local para prestar esclarecimentos e saiu aparentemente confiante. Ele disse à polícia que usou preservativo durante o sexo e negou o estupro.
Em 14 de junho, o advogado Cosme Araújo assumiu o caso em defesa de Najila. Ele é amigo da família da modelo.
No dia 17, ele solicitou que houvesse uma acareação entre sua cliente e Neymar. A polícia ainda avalia tal possibilidade.
Em 30 de junho, a delegada Juliana Bussacos, que comanda o inquérito na Sexta Delegacia de Defesa da Mulher em Santo Amaro, São Paulo, pediu um mês a mais de prazo para concluir o caso.
Em 11 de julho, teve o prazo estendido até 10 de agosto. Mas, em 29 fde julho, ela já decidiu não indiciar Neymar por estupro e agressão.
Fonte: ESPN
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